terça-feira, 12 de abril de 2011

Do nome do Blog

Nos últimos tempos fui acometido de uma loucura e cogitei, fortemente, a possibilidade de criar um rato como "pet". Isso mesmo, uma bela, grande e asquerosa ratazana. Descobri, fuçando na internet, que é um animal de estimação bem mais comum do que eu pensava, no entanto, as petshops, e os próprios criadores desses animais, se usam de eufemismos para denominar o pet, é muito comum ouvir falar em "mecol" ou em "twister", mas, a bem da verdade, o animal é, rigorosamente, o mesmo: A imensa ratazana de rua que tanto assombra os lares humanos.
Surgi com a idéia, aqui em casa, de criarmos o dito animal. Fui, evidentemente, execrado. Depois de alguns dias, ponderei melhor e decidi não iria criar o animal de fato, e não por causa das negativas de minha família, muito pelo contrário, o animal necessitava de cuidados e atenção, leia-se: tempo, e isso é tudo o que eu não estou podendo dar no momento.

Viram como eu não estava tão alucinado? até que é um pet bonitinho

No entanto, conto essa minha malograda investida no mundo das pessoas que amam os animais para falar da figura do animal em questão (o rato) e da mudança de perspectiva que essa veio a ter para mim. Os ratos são, geralmente, muito mal vistos pela sociedade humana, sobretudo em ambientes urbanos, ainda que existam os eufemismos, mesmo os "pet-ratos" (que, inclusive possuem diversas cores, também como forma de desligar o pet do animal de rua) são tidos como figura repugnante, nocivo, sinônimo de sujeira, imundice, mesmo que o animal em si não seja sujo, pois provê sua própria limpeza (assim como os gatos, "tão queridos"), o que é imundo, na verdade, é o ambiente que esse animal vive, que são esgotos e lixões, que são criados por nós, seres salubres. Pesquisando, então, sobre esses animais, descobri que são criaturas inteligentes, que vivem em uma espécie de organização "social" hierarquizada, e que podem ser afetuosos como os cães.
Enfim, não é minha intenção erguer uma bandeira em defesa dos animais, mas acho particularmente interessante essa marginalização do rato - culpado apenas de conseguir se adaptar, muito bem aliás, ao ambiente criado por nós - e como os oprimidos e as minorias me atraem, decidi que esse "saqueador da metrópole" seria um excelente avatar para meu blog. 
Abstraiam. Ele é apenas um mamífero, assim como os fedidos e burros cães de vocês

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